Dificilmente caminhamos
Sem antes dar um tombo,
Sem antes cair para depois levantar,
Como se nada dentro de nós
Houvesse modificado,
Como se a única e grande diferença
Fosse a mão que nos acolheu
Enquanto todos a nossa volta
Nos condenam com desprezo
E olhares habituais,
Como quem vê e não compreende
Aquele amontoado de braços,
Pernas e proporções.
Prosseguirei caindo
Sempre em busca dos mesmos dedos,
Com unhas, cartilagens e nervos.
Velhos e reais enquanto vivem,
Velhos e reais enquanto me sustentam.
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