sexta-feira, 6 de março de 2009

Flores de plástico



Quem dera ser uma flor de plástico
Dessas que a gente põe num vaso
De cristal ou de vidro.
Quem dera ter um coração de plástico,
Que não se quebra como vidro.
As flores de plástico não precisam de abrigo,
Nem morrem quando não se rega,
Não temem, não se degradam,
Não murcham quando não se afaga,
Flores mal amadas
E nem por isso secam.
Sempre o mundo embelezam,
Estando no lixo
Ou no escuro do quarto.
Esquecidas flores
Que no canto da sala resistem a maldita sina,
De serem sempre trocadas
Por flores sempre mais belas.

Um comentário:

  1. "E o bom das flores de plástico é que elas nunca morrem. Porém a triste sina de serem trocadas por outras mais belas."

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